23 de março de 2013

Maratona

Estamos na véspera. Fiz tudo como era suposto (treinos, descanso) e sinto-me tranquila (se não contarmos com as borboletas na barriga).
Às vezes, quando falo disto, parece que vou fazer a meia-maratona. As pessoas desejam-me boa sorte como se fosse correr a meia-maratona. Eu, no fundo, sinto a excitação de ir correr a minha primeira meia-maratona, excepto que não sei o que é estar na véspera de ir correr a meia-maratona. Neste momento, qualquer coisa para além de 10 km parece-me um acto tresloucado de masoquistas mórbidos. Mas a verdade é que fui ganhando gosto pela corrida. O que ao princípio era um sacrifício movido por uma qualquer necessidade de afirmação passou a prazer, a rotina, a necessidade física e mental. E depois, claro, há ainda todo o lado romântico de ter ultrapassado os meus limites, de ter descoberto que sou capaz e não há problema físico que me impeça de me exceder, tipo anúncio da Nike.
Todos temos de começar por algum lado. Eu vou começar ali, na Ponte 25 de Abril, na minha primeira mini-maratona feita a correr. E quem sabe se daqui a uns anos não estarei a descrever a véspera da minha primeira meia-maratona? Quem sabe.

2 comentários: