Meia-maratona de Lisboa 2013 |
Não consigo descrever a sensação de alegria que me invadiu quando vi a meta. Basicamente, senti-me a explodir de alegria e tive muita pena de não ter ninguém ali ao pé a quem pudesse encher de beijinhos. Alegria e amor pela humanidade, foi mais ou menos esse o resultado do excesso de endorfinas produzidas por 1:07 h sempre a correr.
É claro que fui ultrapassada por toda a gente abaixo dos 70 anos que ia a correr, mas isso pouco me importou. Como sabia que isso ia acontecer, ia preparada para um exercício mental que consistia em concentrar-me na minha própria prestação. Sei que não me posso comparar com ninguém e o facto de conseguir ter terminado a mini-maratona a correr, independentemente do tempo, foi uma grande vitória.
É que o último quilómetro foi um grande sacrifício. Foi mais ou menos ao chegar a Alcântara, 5 km depois, o máximo feito nos meus treinos, que comecei a sentir o pé, ou melhor, a deixar de o sentir. Ao 6.º km, o meu pé já não era um pé, era um bloco de pedra que me pesava e que eu quase não sentia, mas nem por isso me doía menos. Isso, associado às dores de burro que me começaram a dar desde a barriga até às orelhas, contribuiu para ter pensado várias vezes em parar. Mas eu sou lá mulher de desistir no último km. E fiz o que sempre faço quando estou em situações de grande stress físico (ou puro terror, como foi a excursão ao tubarão-baleia em Moçambique): penso no parto da minha filha, nas 23 horas de sofrimento sem me poder mexer da cama do bloco de partos, e sem ter gritado uma única vez, ao contrário da parturiente da sala ao lado que muito me agoniou. Quem aguenta 23 horas de parto, também aguenta uma corridinha de 8 km. E foi assim que cheguei ao fim e que me sentei, depois, a comer uma banana e a ver a prova da meia-maratona e a invejar os maratonistas e a pensar que gostava de também eu estar ali, já na reta final dos 21 km. Foi, então, que decidi estabelecer um plano para, daqui a 3 anos (sejamos realistas) correr a minha primeira meia-maratona! Com treino tudo se consegue. Há um ano, eu não conseguia correr 10 minutos seguidos. Nada me impede de, daqui a 3 anos, conseguir fazer 21 km. Porque é possível. Senão, vejam aqui, ou na parte que interessa:
É que o último quilómetro foi um grande sacrifício. Foi mais ou menos ao chegar a Alcântara, 5 km depois, o máximo feito nos meus treinos, que comecei a sentir o pé, ou melhor, a deixar de o sentir. Ao 6.º km, o meu pé já não era um pé, era um bloco de pedra que me pesava e que eu quase não sentia, mas nem por isso me doía menos. Isso, associado às dores de burro que me começaram a dar desde a barriga até às orelhas, contribuiu para ter pensado várias vezes em parar. Mas eu sou lá mulher de desistir no último km. E fiz o que sempre faço quando estou em situações de grande stress físico (ou puro terror, como foi a excursão ao tubarão-baleia em Moçambique): penso no parto da minha filha, nas 23 horas de sofrimento sem me poder mexer da cama do bloco de partos, e sem ter gritado uma única vez, ao contrário da parturiente da sala ao lado que muito me agoniou. Quem aguenta 23 horas de parto, também aguenta uma corridinha de 8 km. E foi assim que cheguei ao fim e que me sentei, depois, a comer uma banana e a ver a prova da meia-maratona e a invejar os maratonistas e a pensar que gostava de também eu estar ali, já na reta final dos 21 km. Foi, então, que decidi estabelecer um plano para, daqui a 3 anos (sejamos realistas) correr a minha primeira meia-maratona! Com treino tudo se consegue. Há um ano, eu não conseguia correr 10 minutos seguidos. Nada me impede de, daqui a 3 anos, conseguir fazer 21 km. Porque é possível. Senão, vejam aqui, ou na parte que interessa:
"Foi assim em Lisboa, em Dezembro, onde acabei a Maratona com um atleta que tinha nascido com os pés botos, no meu pior registo, mas a testemunhar um feito heróico e arrepiante, num autêntico desafio à natureza."
Pimba!
No período pós-euforia, contudo, a realidade foi mais esta... |
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