Há ano e meio estava eu a apoiar os maratonistas de Nova Iorque. Estive em 3 sítios diferentes, viajando de metro para acompanhar as várias etapas, gritei Força Dulce! e andei com um cartaz da Dunkin' Donuts onde escrevi uma breve mensagem de ânimo em português. Não tinha a Inês comigo, mas poderia ter. E em vez de ser em Nova Iorque, poderia ter sido em Boston. E em vez de ter sido há ano e meio, poderia ter sido ontem. E em vez de ter sido um menino de 2 anos que eu não conheço a levar com estilhaços na cabeça e a ficar sabe-se lá como, podia ter sido a minha menina de 2 anos a levar com estilhaços na cabeça e a ficar sabe-se lá como. Ou sem uma perna. Ou sem vida. Não querendo pensar nisso, não consigo pensar noutra coisa.
E depois penso nos cabrões que fabricaram as bombas e delineio vários castigos possíveis na minha cabeça, que não posso dizer alto porque é do mais polémico possível, mas que inclui enfiar-lhes bombas artesanais no cú e vê-los esperar que explodam, agoniados, durante 4 horas e 4 minutos.
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