17 de fevereiro de 2014

Da eficiência

Domingo de manhã. De todas as coisas que se podem fazer a um domingo de manhã, visto que dormir deixou de ser opção há muito, nós escolhemos ir com a mais velha ver o Tom Sawyer. Como a mais pequena ainda mama, acaba por andar sempre atrelada e, por isso, nem sequer colocámos a hipótese de a deixar com alguém durante a manhã. Mas a pequena portou-se bem. Acordou já a peça decorria. Dei-lhe mama e aguentei-a caladinha durante uma boa meia-hora, o que foi um feito, tendo em conta que estávamos sentados ao lado de uma coluna ensurdecedora para os ouvidos de um bebé. A dez minutos do fim da peça, a Alice começa a choramingar. Nada de mais, nenhum choro desalmadado, apenas uma breve choraminguice de 3 segundos que não provocou nenhum voltar de pescoços nem "chiuuus" reprovadores. Vamos a ver, estávamos numa peça infantil, não era propriamente À Espera de Godot! Mesmo assim, estava já a preparar-me para sair com a choramingas, quando chega a Guardiã do Silêncio em Salas de Teatro Infantil (não sei se estão a ver a ironia...) pedir-me, se não me importasse, para abandonar a sala. Foram três segundos, senhores, três segundos e já estava a ser posta na rua em salvaguarda do bem-estar e decoro do público. E depois ainda dizem que em Portugal não se trabalha bem.

Quanto à peça, olhem, não sei bem. A mais velha diz que gostou, mas isso foi imediatamente antes da épica birra na casa-de-banho e depois ficou tudo assim meio desfocado para as duas.

1 comentário:

  1. ahahahah a eficiência em Portugal só existe para aquilo que não deve.

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