19 de abril de 2014

Dormir

Ter insónias é capricho de quem pode dormir.
Quem tem filhos pequenos (e rinossinusite), como eu, olha para trás para o tempo de solteira e para as noites de insónia parva e tem vontade de dar estaladas a si própria. Ora é a filha pequena que quer mama ou perdeu a chucha, ora é a outra filha pequena que só quer a mamã e quer água ou chichi ou só porque sim, ora é o nariz que se fechou outra vez, ora é a trigésima série de espirros que não espera a chegada do lenço, hoje não consegui dormir mais do que hora e meia seguida. Isto para quem está de férias (porque a licença já se acabou), é sofrível, o pior vai ser daqui a 18 dias quando voltar a trabalhar. 
As pessoas com filhos pequenos (e rinossinusite) deviam beneficiar de uma imunidade especial que fosse para além dos 30 dias permitidos de assistência à família. Em trabalhos como o meu, em que até a posição das virgulas é sujeita ao mais rigoroso escrutínio, receio que em dias como o de hoje não consiga sequer encontrar a tecla da vírgula, quanto mais perceber onde é que ela encaixa numa frase.
Tenho, assim, 18 dias para continuar a dormir mal e me poder queixar. Depois disso acabaram-se as frescuras.

Boa Páscoa.

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