11 de fevereiro de 2012

Manifesto


Noite a dois.
Coisa rara nos dias que correm, há que aproveitar a ocasião como reis.
Mesmo assim, não dispensámos o discount book e escolhemos um dos melhores restaurantes da cidade.
O Manifesto do chef Luís Baena.
O chef, Baena, jantava com as netas no centro da sala quando nós entrámos, os early birds do Largo de Santos (está visto que em Lisboa ninguém janta às 20h!).

Couvert, entrada, pratos e sobremesas depois, o resultado foi mais do que positivo. Para mim, cujas sensações gustativas não são tão exigentes como as do pai da minha filha, foi excelente.
Os empregados condiziam com a decoração da sala e a conta com a fama. Não se pode ir ao restaurante de um chef que aparece no Master Chef de bolsos vazios nem esquisitices na língua.
Agora aquela gema de ovo trufada que ainda me saltita na língua, mas não pelas melhores razões, é que era escusada. Nunca tentativa rude de descrever a coisa, soube-me a... hálito de velho. É isso. Hálito de velho. Vontade de cuspir tudo de uma vez, não fosse a elegância do espaço proibir tais desvarios. Engoli um grande copo de água de uma vez, enfiei um naco de pão goela abaixo e pensei que o caso estaria arrumado. Enganei-me. Tenho neste momento a boca a saber a velho acamado. E garanto-vos que a sensação não é das melhores. Posto o que estou a pensar voltar lá hoje à noite e exigir que me retirem este sabor da boca. Ou que me dêem mais um niquito daquele bolo de chocolate negro maravilhoosooo que veio no fim, só para disfaçar o sabor... É que com aquele vinho da casa de 18 Euros enganaram-me bem!

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