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29 de março de 2015

Bolachinhas sem culpa

Hoje li, numa daquelas revistas femininas com conselhos e artigos para tudo, que aquelas pessoas que compensam as falhas emocionais com comida não têm, na verdade, culpa nenhuma de serem fracas de espírito. Têm, sim, falta de crómio. Não posso, nem quero, dar dados estatísticos que corroborem isto. Dá um jeitão pensar que, afinal, as minhas facadinhas na alimentação saudável não são culpa minha nem podem ser evitadas porque, afinal, a culpa é do crómio! Sendo assim, não foi de estranhar que hoje tenha dado uma facadinha no Whole30...

Apesar de estar um dia lindo (eu sou daquelas pessoas que se deixa afetar pelo mau tempo), estive de mau humor durante grande parte do dia. Começou quando os planos que tínhamos para o dia saíram furados e tivemos de nos contentar em ficar aqui pela zona. Eu, que trabalho em casa e estou sempre por aqui, ando sempre mortinha por ver caras novas e paisagens diferentes ao fim-de-semana. Por isso, a alteração de planos não me pareceu lá muito bem. Como se já não bastasse, durante o passeio improvisado que demos de manhã para aproveitar o sol, o meu iPhone caiu e o vidro do ecrã estilhaçou-se. Como podem calcular, o meu humor não melhorou... Depois ainda tive de ouvir o homem durante 10 minutos sobre a importância do relativizar e de não deixar que uma coisa tão tola como partir o ecrã do iPhone de 500 euros me estrague o dia. No fim, fiquei sozinha mais a minha descompensação, porque o homem tinha bilhetes para a bola. E o resultado foi este: bolachinhas de dois ingredientes, sem açúcar adicionado, sem glúten, sem lactose, mas com aveia, que está proibidíssima no Whole30! Não sei o que diz o programa sobre as facadinhas, porque não li essa parte, mas estamos a 3 dias do fim e, bom... pronto... paciência! Era pior se tivesse ido ao café comer um mil folhas. Eu nem gosto de mil folhas.

A parte boa se não comer doces há quase 30 dias é que estas bolachinhas, que só têm o doce da banana, me souberam a ginjas! Só ia comer uma para provar e acabei por comer umas três ou quatro. As minhas papilas gustativas nem podiam acreditar na sua sorte! As miúdas adoraram, eu fiquei mais compensadita e não sobrou uma para contar como foi. 

Bolachinhas de dois ingredientes



Ingredientes
Duas bananas maduras
Uma chávena de flocos de aveia
Para polvilhar usei coco ralado, nozes, miolo de amêndoa e flocos de milho (os preferidos da Inês)

Como fazer
Com  um garfo, reduzir as bananas a puré. De seguida, juntar os flocos de aveia e mexer bem até obter uma massa consistente.
Num tabuleiro com papel vegetal, colocar colheradas da massa em forma de bola. Decorar com coco ralado, flocos de milho (daqueles da Kellogg's ou semelhante), nozes partidas aos bocadinhos, miolo de amêndoa, canela, amêndoa em palitos, pepitas de chocolate e o que a vossa imaginação (e balança) vos pedir.
Vai ao forno pré-aquecido a 180 graus, durante 12 a 15 minutos ou até ficar tostadinho.

Por causa dos ingredientes que levam, não são bolachas estaladiças e no meio têm uma consistência mole e agradável, com o creme da banana a contrastar com os flocos de aveia sólidos... A melhor parte? Podemos comer o "pacote" todo sem sentir culpa! Bom, se não estiverem a fazer o Whole30, claro...

24 de março de 2015

Pequenos-almoços com chia

Como já disse aqui, no âmbito do programa Whole30 os nossos pequenos-almoços têm sido bastante variados: desde omeletes a mousses de fruta feitas na hora, dos sumos verdes a uma espécie de overnight de sementes de chia com leite de coco e fruta. Este é o meu pequeno-almoço preferido e obviamente tinha de começar por ele.
O processo é igual às minhas queridas overnight oats, mas sem aveia, que está proibida no Whole30, mas que é adequada a quem quer seguir uma dieta sem glúten (apesar de na embalagem dizer que tem vestígios de glúten, é só por contaminação, a aveia não tem glúten!).

É saboroso, saudável e fácil de fazer.



Ingredientes para dois:

- uma lata de leite de coco
- quatro a cinco colheres de sopa de sementes de chia, dependendo se gostam mais ou menos espesso
- fruta aos bocados (nesta foto usei banana, tangerinas e laranja, mas podem usar qualquer fruta)
- uma mão cheia de frutos secos variados
- uma colher de sopa de sementes (por ex. girassol, abóbora, linhaça, sésamo e cânhamo)

Como fazer:

Na noite anterior, juntem o leite de coco com a chia. Agitem bem a lata de leite de coco, pois tende a solidificar. Depois de deitarem as colheres de sementes de chia, mexam bem para espalhar todas as sementes. Deixem repousar durante cinco minutos. Vão reparar que a chia tem tendência para se acumular no fundo do frasco. Por isso, é importante que nos próximos minutos vão mexendo ou agitando de vez em quando para não se criarem "coágulos" de chia. Ao fim de mais ou menos quinze minutos, está pronto para comer. Mas, para melhores resultados e mais sabor, aconselho vivamente deixarem no frigorífico durante a noite.

Na manhã seguinte, é só juntar a fruta, os frutos secos e as sementes. Se estiver muito espesso, podem adicionar mais leite de coco ou sumo de meia laranja. Os mais gulosos podem juntar um pouco de mel, geleia de arroz ou xarope de ácer, mas, a menos que tenham usado fruta muito ácida, garanto-vos que não é preciso.

Deixo-vos mais algumas receitas que tenho encontrado na net e que me têm servido de referência:

- Pudim de chia de limão com clementinas (feito, provado e aprovado!)
- Mousse de chia e framboesas (feito, provado e aprovado!)

E esta, que estou temporariamente proibida de fazer e provar, mas que me tem enchido o olho cá de uma maneira... Ia saber mesmo bem num dia de vento como hoje...


E vocês, querem partilhar comigo as vossas receitas?

21 de março de 2014

A era pós-torradas com manteiga (ou o combate às banhas)

Teaser (daqui)

Farta das banhas acumuladas na gravidez, ando a tentar emagrecer. Já não tentava emagrecer há uns 6 anos quando fui diagnosticada com pré-diabetes - emagreci, mudei a minha alimentação, comecei a fazer exercício (nem sempre numa base regular) e reverti os valores para um estado de não (pré-)diabética. 1-0 para mim. 

Engravidei da Alice e a coisa descambou. Não só comecei a comer o que me apetecia (e apetecia-me tudo a toda a hora), como tive uma gravidez bastante sedentária devido à baixa forçada. É claro que os quilos a mais ainda se fazem sentir 4 meses depois do parto. Não estando gorda, estou com "aquele" pneu na zona abdominal e pernas que parecem claras em castelo. Como já não sou pessoa para me conformar com o meu corpo e não me escondo atrás da gravidez como desculpa para me desleixar (continuo a pensar mais ou menos da mesma maneira desde este post, se bem que não tão fundamentalista), iniciei uma dieta pró-amamentação com o início da Quaresma Infiel. Como estou a amamentar, não posso entrar em dietas extremas, mas posso perfeitamente cortar nas comidas processadas, no pão e nos doces, comer mais salada às refeições, fruta em vez de sobremesa, beber muita água e sumos verdes (diz que está na moda mas eu já os ando a beber há algum tempo), comer mais vezes durante o dia e menos de cada vez, e foi o que fiz. Comecei também a investir no exercício físico. Voltei a correr (ou mais ou menos), tenho tido treinos personalizados uma vez por semana que me deixam com um andar estranho durante cinco dias e estou agora a complementar este treino com aulas de ginástica localizada no ginásio e outros treinos que o PT me manda fazer em casa (que incluem coisas que parecem tão simples como saltar à corda, mas gostava de vos ver a saltar à corda durante oito minutos seguidos sem vomitarem os pulmões!). Todos os dias tenho dores musculares em alguma zona do corpo, mas a verdade é que já reduzi 2 cm de perímetro abdominal desde há um mês, portanto vejo estas dores como aliadas de um corpo esbelto e firme (haha!).

Mas eu gosto de comer. E, portanto, a comida na fase de emagrecimento tem de me saber bem. Começando com o pequeno-almoço, aquela refeição que nos deve dar energia para o dia, gosto de alternar e, principalmente, de ir para a cama a pensar no pequeno-almoço do dia seguinte. Isso nunca me aconteceu quando comia só torradas! E o pequeno-almoço que mais me faz salivar (literalmente) são as overnight oats. Ou seja, papas de aveia com iogurte e fruta em camadas preparadas na noite anterior (o que ajuda a ir para a cama a pensar nelas), uma espécie de trifle de aveia saudável. Já experimentei várias receitas, mas tenho-me mantido fiel à mesma receita básica que já não sei se fui eu que inventei se vi em algum lado. Como nenhuma das minhas experiências ficou dignamente fotografável, a coisa parece-se mais ou menos com isto

imagem do Pinterest

[e faz-se assim:

2 colheres de sopa de aveia
leite vegetal para cobrir a aveia
1 banana pequena
1 iogurte grego natural (ou outro qualquer)
5 ou 6 framboesas (ou outra espécie de fruto silvestre)
frutos secos (noz, amêndoa, avelã e caju, 2 ou 3 de cada qualidade) e/ou bagas góji
Xarope de agave (ou de áçer ou mel) por cima dos frutos secos

Juntar a aveia com o leite no fundo do frasco, depois juntar os ingredientes em camadas pela ordem da lista de ingredientes (primeiro a banana, depois o iogurte, etc.) sem mexer (esta parte é importante) e reservar 6-8 horas no frigorífico.]

Fica delicioso! Vão por mim: é de comer e chorar por mais. Logo de manhã recebo assim a minha dose de fruta, cereais e energia para uma manhã proveitosa.

Mais receitas de overnight oats aqui e a receita base.
Outras imagens de babar no sítio do costume.

Se tiverem interesse, posso escrever sobre os ditos sumos verdes de que toda a gente fala agora. Se não tiverem interesse, escrevo à mesma que de democracia não reza a blogosfera.