4 de fevereiro de 2014

Num balneário perto de si (Parte II)

É que nem de propósito. No primeiro dia de natação com a miúda na piscina nova, a mãe da minha filha, sem reparar que se encontrava num balneário misto com pais e mães e pais e mães a vestir e despir os petizes, estava distraída e atrasada, foi o que foi, não foi de modas e despiu-se em frente à maralha. Podia ter trazido o fato de banho vestido de casa, mas não. Estava nuazinha como veio ao mundo, felizmente com a depilação feita, mas isso pouca relevância teve, quando ouviu a voz de um pai atrás de si a vestir os seus três filhos rapazes. Apercebendo-se da bronca, a mãe da minha filha corou de todas as cores, fixou o olhar na descendente de fato de banho cor-de-rosa e continuou como se nada fosse. Provavelmente ninguém reparou, tal era a balbúrdia com tanta criançada. Assim como assim, foi despir a parte de cima para a casa de banho, não fosse algum pudico mais atento vir dar-lhe um sermão de moralidade. Depois saiu com a miúda para a piscina e rezou para que ninguém lhe tivesse fixado a cara. Ela, pelo menos, não fixou a de ninguém. Feliz é o ignorante.

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