6 de setembro de 2012
O monstro dos brócolos (ou como fazer um posto cheio de parêntesis)
Dizer que a minha filha come bem não corresponde lá muito bem à verdade. Dizer antes que ela está sempre pronta para comer e que costuma, salvo aqueles dias da breca a que toda a gente tem direito, comer tudo e o que mais houvesse, já se aproxima mais da verdade. Nós, como pais conscientes (?) e adeptos de uma cozinha natural e saudável, controlamos-lhe a ingestão de doces, tentamos convencer os avós a fazerem o mesmo (o que já é mais complicado) e tentamos aliciá-la com iguarias verdes e nutritivas. Até agora temos tido sorte, apesar de já ter pratos preferidos como, por exemplo, qualquer coisa que tenha arroz, recusar qualquer sopa passada (mas se tiver coisas a flutuar já marcha) ou coisas com cenoura (vá-se lá perceber porquê).
Toda a gente costuma ficar muito impressionada quando a vê comer, por não só comer bem, como por já comer sozinha e não falhar muito com a colher à boca. Além disso, não admite que alguém lhe dê comida e, se tentarem fazê-lo, é capaz de haver pratos a voar. Também tem génio, portanto...
Em todas as creches onde já esteve e, infelizmente, já teve em mais creches do que o desejável para alguém com tão pouca idade, foi sempre a bebé que comia melhor, alvo de admiração por parte de educadores, auxiliares e até de outros pais (acho que acabei de inventar aqui alguma coisa...), e sendo, por isso, conhecida como a "brutinha" (a comer, leia-se) ou a "lagartinha comilona" (por causa de um livro que lhe deram na creche por altura do seu aniversário, cuja indirecta eu percebi muito bem, muito obrigada!!).
Antes isso do que dar trabalho a comer, costumo eu dizer. Ou pensar. Na verdade, não sou dotada de muita paciência à hora das refeições. Já basta ter de repetir mil vezes que não se atira a comida para o chão (porque também ela gosta de brincar e experimentar com a comida), não se dá comida ao gato, nem se cospe comida para a roupa da mamã, quanto mais se ainda tivesse de inventar jogos para a distrair e convencer a engolir uma colherada de dez em dez minutos. Tenho sorte, nesse aspecto. É vê-la a comer brócolos (o orgulho do pai) ou a enfardar tomate cru (o orgulho da mãe), a chupar uma fatia de limão (a ocorrência foi devidamente registada!) ou a comer massada de peixe num ápice, enquanto vai soltando gemidos de satisfação. Nessas alturas costumamos ficar a olhar para ela, boquiabertos, sem querer acreditar muito bem por que é que a comida da avó é sempre melhor que a nossa.
Mas adiante.
Servia este post para dizer que a minha filha é a única bebé do mundo que, perante um banquete de arroz de peixe, mousse de chocolate, fruta, bolachas ou um prato de brócolos cozidos, ela se atira aos brócolos e despreza tudo o resto. Ok, ainda não experimentámos com a mousse... Anyway, desafio qualquer pessoa a provar-me que o seu filho também acha que brócolos cozidos são melhores que pizza.
Alguém?
Publicado por
Monia
às
12:24
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Etiquetas:
a filha
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ora bem....a minha é louca por alface e prefere-a a qualquer tipo de mousse, conta ;-)
ResponderEliminarps: eu, que também não tenho paciência nenhuma tenho muito má sorte no que diz respeito ao tempo que demora a comer- que costuma ser uma eternidade...enfim, não se pode ter tudo.
O tempo que ela demora a comer compensa por adorar alface ;)
ResponderEliminarahah nessa da rodela de limão sai à "tia" ;)
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