23 de janeiro de 2013

Porque isto de ser mãe não é nada fácil

"Imagina que os teus filhos têm 25 anos e vêm almoçar no Domingo a tua casa. Abres a porta. Que pessoas tens ali à tua frente?


É pertinente, não é? Mas mais pertinente é ver como os pequenos que hoje estão aqui aprendem muito mais com aquilo que a gente faz do que com aquilo que a gente diz. Eles imitam-nos a toda a hora. Por isso, se não queremos que eles apanhem determinados vícios que temos, então, estará na altura de mudar.

Há uns tempos fui assistir ao workshop “A Arte e a Ciência de Educar Crianças felizes”.
Não sabia bem o que ia encontrar, mas cedo me apercebi de que estava no sítio certo. A Magda, uma comunicadora por excelência, conquistou-me pela sua boa disposição, simpatia e empatia (vai-se a ver e a empatia é crucial nesta coisa de educar crianças) e pelas excelentes dicas que deu para que as minhas inseguranças maternais se dissipassem. No preço do workshop estava incluída uma sessão de coaching, que tive por telefone há umas semanas. Nunca tinha feito coaching, mas se é assim, então quero mais! Falar com a Magda sobre parentalidade foi como estar no café a conversar descontraidamente com uma amiga, tal foi o à-vontade e a informalidade com que a conversa foi conduzida, mas com a benesse de que a Magda tinha sugestões reais para me dar, ao passo que os amigos nem sempre podem/sabem fazer mais do que ouvir ou falar do seu caso concreto. Eu ia tirando notas desenfreadamente, com medo de perder alguma fórmula mágica, mas na verdade não teria sido preciso gastar tanta tinta. Retive a maior parte das sugestões (e, bom, porque não há fórmulas mágicas...) e apliquei-as assim que tive oportunidade. E a minha criança de 2 anos deu-me e continua a dar-me inúmeras oportunidades para isso...
Nem sempre funciona, claro. Nenhum método é infalível se a mãe está stressada ou impaciente. Percebi que tem de haver uma predisposição em nós para a criatividade, para o drama e a empatia, que são essenciais para conseguir levar a nossa avante quando o nosso filho se lembra de fazer birra por algo que, a nós, nos parece completamente descabido. Descobri que há 2 tipos de birra e arranjei a minha própria forma de parar uma birra antes que extrapole para um estado incontrolável. Descobri que, quando me sinto mais segura, tudo me parece mais fácil (descobri a pólvora, portanto!) e que, para conseguir educar uma criança feliz, primeiro tenho de cultivar a minha própria felicidade. Acho que estou no caminho certo, se bem que ainda tenho muitas milhas para percorrer...
A Magda é coacher profissional e percebe muito disto de psicologia e parentalidade positivas. O coaching com ela fez-me bem e não hesitarei em recorrer aos seus serviços se a minha insegurança me voltar a morder os calcanhares. Porque às vezes é preciso que nos orientem e não ter vergonha de assumir que tem dias que nos sentimos as mães mais inseguras do mundo...

7 comentários:

  1. Já tinha comentado com o Tiago, mas reforço aqui: acho que ambos têm uma relação excelente com a parentalidade! Acho-os um excelente exemplo de pais e tu enquanto mãe estás na minha lista de ídolos! Parabéns!

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    1. :) Obrigada, querida! O que não impede que tenha os meus momentos de insegurança. Como, arrisco a dizer, todas as mães...

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    2. Acho que os momentos de insegurança devem fazer parte, sim. Mas nem todos conseguem admiti-lo! É por isso que ainda te admiro mais!

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    3. Que lindoooo!!
      E obrigada por este post, Mónia! Vou partilhar no FB, Um grande beijinho!

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    4. Obrigada Magda, um beijinho :)

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  2. hmmm..nao quero ser desmancha-prazeres, mas a geracao dos nossos filhos, se o País continuar por este caminho, nao vai bater à porta no domingo para almocar, mas apenas sair do seu quarto e sentar-se à mesa. Sim, os filhos vao viver com os pais até aos 40!!
    Minhoca

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    1. Ah ah, sim, visto por esse prisma, a pergunta que se faz é: que pessoas queres encontrar quando, daqui a 20 anos, abrires a porta do seu quarto quando fores chamá-los para o almoço? :)

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