1 de novembro de 2013

MUSIC BOX #19 - Arcade Fire

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Lembro-me da primeira vez que ouvi Arcade Fire. Foi em 2004, numa playlist feita por uma amiga. A Neighborhood #2 (Laika) era a segunda música e lembro-me bem de, à primeira audição, ter sido acometida por num misto de assombro e humildade perante uma manifestação divina. Os Arcade Fire chegavam numa altura de algum desencanto musical e vieram oferecer à cena indie uma sonoridade completamente nova e arrojada mas despretensiosa. E, para uma pequena legião, foi amor à primeira audição.

Em 2013 chega-nos Reflektor, o quarto álbum de originais da banda canadiana, desta feita produzido por James Murphy, dos LCD Soundsystem, o que, só por si, faz com que o álbum seja muito mais dançante do que os anteriores, relembrando as batidas dos anos 80 (juro que há duas músicas que me fazem lembrar isto). Na verdade, confesso que a primeira vez que ouvi o single Reflektor fiquei algo desiludida. Com medo, mesmo. Mas a Rádio Radar foi insistindo e eu fui-me habituando. Às tantas, até já a Inês sabia que aquela era a música preferida da mamã e que podíamos/devíamos dançar no carro. E agora, depois de ouvir o álbum todo algumas vezes, tenho a dizer que era mesmo disto que andava a precisar. Eles inovaram, arrojaram e, como me disse um amigo, a via electrónica era o único caminho que poderiam seguir para não correrem o risco de ser "mais do mesmo". Concordo. E acho que este álbum está bom, muito bom. E para aqueles que teimam em ficar presos ao passado e dizer que no tempo dos Talking Heads (a comparação é do Nuno Markl) é que era, eu só tenho uma palavra para vos dizer: calai-vos!

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