6 de março de 2014

Não parece, mas vai falar-se de merda

O andar de cima, anteriormente ocupado pelos vizinhos mais barulhentos que se possa imaginar, foi recentemente vendido depois de estar seis meses vazio, seis meses de puro paraíso para os meus ouvidos. O novo proprietário decidiu que queria renovar o apartamento de alto a baixo - literalmente e contando com o andar de baixo. É que, depois de duas intensas semanas do barulho mais infernal que possam imaginar, o tecto da casa-de-banho começou a cair. Tecto meu, chão dele. Avisou-se o mestre de obras, mas ainda assim caíram mais uns quantos calhaus. O que era antes um tecto liso por cima da sanita, é agora um buraco tapado mal e porcamente com pedras e tijolos que estão na iminência de cair sempre que alguém se senta na sanita. Podia agora fazer um trocadilho com a famosa expressão "arrear o calhau", mas parece-me bem mais divertido dizer que a única maneira de conseguir cagar sozinha na casa-de-banho é pôr a minha filha mais velha do lado de fora a contar quantos segundos demoro. Treze. Sou provavelmente a mulher mais rápida a cagar de que já ouviram falar. É isso ou tê-la ao pé de mim a querer limpar-me o rabo e averiguar o grau de pureza do meu cocó. (Além disso, agora é urgente reduzir ao máximo o tempo passado na sanita, não nos vá cair o resto do tecto em cima.) Portanto, treze. Atrevam-se a fazer melhor.

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