14 de maio de 2014

Hora da lamechice



Uma das rotinas preferidas durante a minha licença era a hora do banho. Quando todos saíam de casa e ficávamos as duas sozinhas, deliciava-me na preparação do banho, antevendo aqueles momentos ternurentos de namoro prolongado com a minha (já não tão) recém-nascida.
Desde que voltei ao trabalho, é esta a rotina que mais me custou a mudar. Não me custou assim tanto voltar a trabalhar como pensava que me iria custar, nem me custa (muito) deixar a Alice no berçário. Custa-me, sim, saber que só a posso ir buscar a partir das quatro e meia e saber que agora os banhos são dados à pressa no fim do dia, enquanto supervisiono a mais velha que também quer participar e passo por cima do "namoro" porque tenho de ir a correr preparar a papa ou outra coisa qualquer.

Ontem, contudo, ficámos inesperadamente sozinhas em casa ao final do dia, eu e a Alice. Enquanto o pai não chegava com a mais velha, deliciámo-nos as duas num banho prolongado com direito a creme, massagens, brincadeiras e muitos beijinhos. Foi um consolo.

Penso muitas vezes que gostava de parar o tempo e mantê-la assim bebé para sempre, de pezinhos descalços e sorriso fácil. Mas depois olho para a mais velha e vejo-a tão espectacular que só me resta repetir as palavras do pai, num momento especialmente divertido que ela nos proporcionou há dias: 
"Se ter uma filha assim é tão espectacular, imagina duas?".

3 comentários:

  1. Mas então a hora do banho era de manhã é isso? porque não consegues manter esse momento entre as duas? se é tão importante deveriam tentar manter. com cada uma delas ;-)

    Mas isso das saudades é lixado......acabei de ver as fotos da minha com 1, 2, 3 anos e parece que foi à uma eternidade. Beijos

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