15 de maio de 2013

Uma ou outra coisa sobre o desfralde

Ressentimentos à parte, a minha filha está uma crescida. Do alto dos seus 2 anos e... hmm... cinco meses? (uma pessoa às tantas perde-se), temos uma cachopa que ao final de uma semana de desfralde já está em perfeito controlo da coisa. Pronto, já passaram umas 3 ou 4 semanas e, vá, não totalmente em controlo, que não quero dar uma de mãe-mete-nojo, mas a verdade é que o desfralde correu tão bem, mas tão bem, que hoje em dia já só saio de casa com uma muda de roupa, só naquela de descargo de consciência, e não com 3 mudas e 3 sacos de plástico e mais um resguardo e o arco da velha como na primeira semana.
E como consegui isto? A juntar ao facto de ter uma miúda super ultra espectacular (!), que percebe as coisas e quer ser uma menina crescida e gostou tanto de ser promovida a utilizadora de cuecas que, num dia quente no parque, andou a mostrá-las a toda a gente (conversas sobre pudor só mais lá para a frente), acho que fizemos bem uma coisa: ou é ou não é. Se é para tirar a fralda, é para tirar a fralda, não há cá excepções e desculpas "ah e tal, vamos passar o dia todo fora, coitadinha da bebé".

Primeiro - e agora vou dar uma de guru de parentalidade que não sou - uma criança em fase de desfralde quer tudo menos ser tratada como um bebé. Uma criança em fase de desfralde (bem como em qualquer outra fase de promoção individual e crescimento), quer ser tratada com respeito e confiança. Temos de lhes mostrar que confiamos neles e que, mesmo que haja um descuido debaixo do escorrega no parque (check!), nós estamos prontos para resolver a coisa sem ralhetes nem recriminações. Porque os descuidos acontecem e eles ainda só estão no princípio. 
Quando oiço alguns pais queixarem-se que com eles está a correr tão mal e percebo que só lhes tiram a fralda em casa, dá-me vontade de lhes dar um calduço e perguntar: "Mas assim como é que vocês querem que o vosso filho perceba quando é que é para fazer na fralda e quanto é que é para pedir para ir ao bacio?" Se ele tiver a fralda - e uma fralda cueca é, ao fim e ao cabo, uma fralda e não uma cueca! - ele faz na fralda, ponto.
Segundo, o problema dos pais é serem preguiçosos e quererem sair de casa descansados sem ter de andar a perguntar de 10 em 10 minutos se o menino quer fazer chichi. Mas se não for agora, terão de o fazer mais tarde e é melhor aproveitar o facto de na creche já terem começado o processo.

Por isso, deixem-se de tretas, deixem, sim, os miúdos crescer. 
Está dito. Foi um bocado mete-nojo, mas estava-me entalado.

2 comentários:

  1. Tens sorte, com as meninas o processo costuma correr muito mais cedo e melhor do que com os meninos (pelos menos a maioria). O Miguel percebeu finalmente agora (já com 3 anos, acabados de fazer) que o chichi é para se fazer no bacio e não nas cuecas, a coisa agora já anda a correr tão bem que até de noite já quase que não faz chichi na fralda. Agora temos o problema do cocó... ele nunca gostou de fazer e sempre teve tendência a prender, mas agora como sabe que não deve fazer na fralda mas também não quer fazer no bacio, deu para prender! E se eu lhe digo que é para ser um menino crescido como o mano, responde-me logo "não, não, eu sou bebé!"

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    1. Ahhh! Quando eles percebem que crescer é uma chatice é que é pior ;)

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